Exames

Eletrocardiograma

O eletrocardiograma, também conhecido por ECG ou eletrocardiografia, é um exame que avalia a atividade cardíaca do coração. Por meio de eletrodos fixados na pele, é possível diagnosticar uma série de problemas cardíacos, como arritmias cardíacas, infarto agudo do miocárdio, entre outros.

Monitor de eventos

O exame monitor de eventos sintomáticos à distância (loop recorder) é uma ferramenta diagnóstica muito importante na investigação de sintomas que podem estar relacionados a eventos arrítmicos, como palpitação, tonteira, falta de ar, dor no peito e, até mesmo, episódios de desmaios.  

O monitor de eventos também pode auxiliar no acompanhamento de arritmias assintomáticas após procedimentos de ablação por cateter. Existem dois tipos de monitor de eventos: o externo e o implantável. No monitor de eventos externo, o paciente posiciona entre dois ou três eletrodos na pele, ligados ao aparelho por meio de cabos. Feito isso, ele aciona o botão de gravação sempre que apresentar sintomas. O médico poderá, então, acompanhar o eletrocardiograma de forma contínua e visualizar quando os sintomas se manifestarem, tendo auxílio do relatório preenchido pelo próprio paciente.

O aparelho pode ser usado durante um período de 7, 15 ou 30 dias, de forma não contínua, permitindo que o paciente retire os eletrodos para tomar banho e/ou dormir, por exemplo. Mas, quanto maior o tempo conectado ao aparelho, maior a chance de esclarecimento do diagnóstico. Alguns pacientes podem ter dificuldade em acionar o botão de eventos e, nesses casos, torna-se fundamental a presença de acompanhante devidamente orientado a fazer o acionamento.

 

O monitor de eventos implantável é um dispositivo de tamanho reduzido implantado sob a pele do tórax do paciente por meio de uma pequena incisão na pele, sob anestesia local e com liberação no mesmo dia. O funcionamento é semelhante ao do monitor externo, porém com maior memória e tempo de gravação – até 4 anos.

 Preparo:

São necessárias algumas recomendações:

  • Tomar banho antes do exame. Dê preferência ao sabão neutro. Após o banho, enxugue bem a pele para remover toda a oleosidade e células mortas;
  • Não passar creme, perfume ou talco no corpo;
  • Raspar bem a região anterior do tórax;
  • Vestir preferencialmente camisa ou blusa larga e abotoada na frente, para a realização do exame;
  • Caso haja qualquer sintoma de irritação da pele, fale com o médico responsável pelo implante.

 

Tilt test

A principal forma de diagnosticar a síncope vasovagal é avaliar os efeitos do estresse ortostático observados em um teste provocativo, o teste de inclinação da mesa (tilting table test). Este exame avalia os efeitos sobre a pressão arterial e a função cardíaca durante um período ou fase não potencializada e também durante a fase de estresse farmacológico, que habitualmente é realizada com uma droga vasodilatadora como a nitroglicerina ou o dinitrato de isossorbida.

O teste de inclinação foi inicialmente descrito em meados dos anos 80 por Kenny et AL e, desde então, tem sido utilizado em grandes centros do mundo como ferramenta importante e segura para avaliar a predisposição individual ao mecanismo neuromediado, por meio do estímulo ortostático gerado pela posição inclinada da mesa, com documentação em tempo real dos eventos que ocorrem imediatamente antes, durante e após a síncope.

O teste consiste em uma mesa inclinável com plataforma para apoio dos pés, cintos de segurança e monitorização da FC e da PA através de pletismografia digital, que fornecerá os dados a cada batimento do coração. O paciente permanece deitado entre 10 e 20 minutos (fase de repouso), e logo após a cama é inclinada a 60° ou 70° graus por 20 ou 45 minutos, variando conforme o protocolo utilizado. Durante a inclinação, é realizada potencialização com dinitrato de isossorbida/ nitroglicerina sublingual para aumentar a sensibilidade do teste.

A positividade do tilt test potencializado com nitrato é de 69% com uma alta especificidade (94%). No Brasil, a nitroglicerina sublingual não é comercializada desde 2002, assim, o vasodilatador utilizado é o dinitrato de isossorbida, na dose de 1,25 mg (1/4 do comprimido de uso sublingual), conforme recomendação das Diretrizes para Avaliação e Tratamento de Pacientes com Arritmias Cardíacas, publicada em 2002.

Preparo:

São necessárias algumas recomendações:

 

  • O TI deve ser realizado em ambiente tranquilo, com pouca iluminação e temperatura agradável;
  • Acompanhado por médicos e auxiliares de enfermagem;
  • Sala deve estar equipada com material de reanimação cardiovascular, embora raramente seja necessário;
  • O paciente deve fazer jejum de, pelo menos, quatro horas para líquidos e seis para sólidos;
  • O paciente deve permanecer deitado, previamente inclinado, por, pelo menos, dez minutos.

Telemedicina – monitoramento remoto de marcapassos

A telemedicina já é uma realidade em diversas especialidades em todo o país, em especial na área de arritmias cardíacas e marcapassos. Este recurso é aplicado por meio de uma tecnologia que possibilita o monitoramento à distância de pacientes portadores de marcapassos, desfibriladores, ressincronizadores e monitores implantáveis.

Trata-se de um sistema que permite transmissão diária dos dados clínicos do paciente e do dispositivo implantado para aprimorar o acompanhamento em consultório, permitindo um diagnóstico precoce de eventos sintomáticos ou até mesmo assintomáticos, tais como fibrilação atrial. Ele é 100% automático, ou seja, sem a necessidade de intervenção alguma do paciente, sem fio e funciona em qualquer lugar do mundo. É indicado para qualquer paciente que possua marcapasso, desfibrilador (CDI), ressincronizador cardíaco ou monitor cardíaco implantável.

A tecnologia registra continuamente a atividade cardíaca do paciente, o que permite a intervenção e tratamento precoce desses eventos. Converse com seu médico sobre esse recurso e tire suas dúvidas através do nosso site.

Telemedicina – Atendimento à distância por vídeo

Embora a implementação da telemedicina tenha sido acelerada e aprimorada pela situação de pandemia da Covid-19, ela tem sido proposta há muito tempo como a solução ideal para oferecer atendimento à distância personalizado e especializado.

Esse tipo de consulta dispõe de diversas modalidades, que vão desde a realização de consultas, triagem, monitoramentos e orientações à distância – em casos de baixa complexidade, com a possibilidade de discussão e aconselhamento conjunto com familiares e outros especialistas.

A atendimento à distância por vídeo é fundamental para comunidades isoladas e casos de viagens desencorajadas por motivos de doenças. Além disso, é considerada uma boa oportunidade de prestar atendimento primário no caso de emergências ou consultas de rotina, reduzindo custos e esforços, e mantendo o contato pessoal e a qualidade do atendimento.

Durante uma consulta online, é possível sanar possíveis dúvidas, controlar a adesão às medicações ou mudanças de hábitos, enviar pedidos de exames e analisar os resultados, mantendo a proximidade com os pacientes, transmitindo tranquilidade e segurança tão necessária nesse momento em que vivemos. As doenças crônicas não podem deixar de ser monitoradas em períodos de pandemia. Marque sua consulta virtual, estaremos aqui para ajudá-lo.